Suspensão ou perda do pode familiar: você sabe a diferença?

Segundo o Código Civil de 2002 (lei nº. 10.406/2002), tem-se que aos pais incumbe o poder familiar de guarda e proteção dos menores de 18 anos, de forma recíproca e conjunta. O mesmo texto legal, em seu artigo 1637, traz que este poder familiar pode ser suspenso, ou seja, ter uma pausa, quando for verificado que o pai ou a mãe abusarem de sua autoridade, faltar com os deveres ou arruinar os bens dos filhos ou, ainda, quando houver sentença penal irrecorrível aplicada ao pai ou a mãe com prazo de pena superior a dois anos. Já na perda do poder familiar, tem-se situações mais gravosas, previstas no artigo 1638 do Código Civil. Tratam-se de situações de castigo imoderado, abandono, atos contrários à moral e aos bons costumes, entrega irregular de filhos a terceiro para adoção. Ainda, em seu parágrafo, a lei trata de possibilidades de atos praticados contra outro que detenha o poder familiar homicídio, faminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão (inciso I,a e b) e que praticar contra filho, filha ou descendente homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão (inciso II, a e b).